Reter e atrair pessoas talentosas para as empresas está entre uma das principais dores dos líderes. Afinal, o benchmarking da concorrência não está de olho apenas nos seus potenciais clientes, mas também nas estratégias que a sua marca tem utilizado, e isso reflete diretamente no colaborador responsável. Por conta disso, conceitos como employer branding e endomarketing se tornam cada dia mais necessários.
Em 2019, a pesquisa “Millennials – Unravelling the Habits of Generation Y in Brazil” já apontava que a geração dos Millennials (nascidos entre 1980 e 1996) representam 70% da força de trabalho do nosso país. Esse grupo de pessoas, diferente da geração anterior, a X, possui visões diferentes no que se refere a atuação no mercado de trabalho e desenvolvimento pessoal. Isso porque apenas o salário não é mais o único fator decisivo para escolher um local de trabalho.
No entanto, falar de employer branding não é limitar apenas na retenção e atração de novos talentos. Como consequência, sua empresa consegue construir uma maior autoridade no mercado, redução de custos, aumento na produtividade e muito mais!
E aí, quer saber mais sobre employer branding? Então vamos lá!
Podemos traduzir a palavra employer branding como “reputação da organização como empregadora”. Dessa forma, estamos nos referindo a uma série de técnicas e atividades que visam gerar credibilidade para empresa em um ambiente de trabalho.
Um exemplo bem comum para que você entenda é usarmos a empresa Google. Antes mesmo de se tornar uma das maiores marcas de todos os tempos, ela já era conhecida como um dos melhores locais para se trabalhar no mundo. Atualmente, muitos podem nem saber o porquê exatamente, mas sabem que lá é um lugar incrível.
Levando para a realidade de outras marcas, quando falamos de employer branding, nos referimos a várias ações que visam construir e manter a imagem positiva da empresa, de modo que outras pessoas sintam o desejo de trabalhar lá.
Dessa forma, é possível fisgar a atenção de pessoas talentosas e que todas as empresas desejam ter a sua disposição. Bem como diminuir o índice de turnover, que é a taxa de rotatividade.
Assim, além de atrair colaboradores que possuem
fit cultural com a sua empresa, também estará conseguindo reter os melhores talentos por meio de ações que deixarão os colaboradores satisfeitos por estarem fazendo parte da empresa.
Ou seja, employer branding não se trata apenas de fazer tudo parecer às mil maravilhas para quem está do lado de fora, mas sim promover o real sucesso do colaborador.
Por ambos envolverem o ativo da empresa “capital humano”, é comum que haja confusão quando falamos em employer branding e endomarketing. Para que não haja mais, te explico:
Employer branding são um conjunto de estratégias que visam promover a marca, agindo de dentro para fora. Nela, serão utilizadas ações realistas e objetivas que mostram o cotidiano e a real experiência do colaborador dentro da empresa, com o objetivo de gerar autoridade no mercado, tanto para outros concorrentes, mas principalmente para pessoas, que desejaram trabalhar lá.
Já o endomarketing, quando falamos dele, estamos nos referindo a ações específicas que visam melhorar o relacionamento interno entre os colaboradores, como a comunicação.
Ou seja, realmente os dois estão interligados, mas é importante diferenciar um do outro.
Temos ainda as ações de employee experience, que é a percepção da pessoa em relação a sua marca, que começa desde o momento antes do recrutamento até o dia da saída dela, seja por aposentadoria ou qualquer outro motivo.
Em termos de comparação, seria algo parecido com a
jornada do cliente, principalmente com o fato de não ser linear, já que um colaborador pode decidir fazer um teste para trocar de área, bem como optar por sair da empresa e posteriormente voltar, por exemplo.
O employee experience é dividido em três etapas, que são:
A forma como a sua empresa é vista pelas pessoas é muito importante por vários fatores. Atualmente 75% das pessoas realizam uma pesquisa para identificar detalhes e características das marcas antes de enviar o currículo, mesmo que haja necessidade do emprego.
Os dados foram retirados da pesquisa
Employer Branding Essentials, realizada pelo LinkedIn, que é atualmente, a maior rede social de negócios do mundo.
No estudo, é levantado quão oneroso pode ser caso a empresa não invista em técnicas de employer branding.
Dessa forma, podemos elencar que dentre os benefícios em aplicar employer branding são:
O aumento da produtividade é uma consequência do employer branding bem realizado. Isso porque se os seus colaboradores estão satisfeitos e orgulhosos com o lugar e a forma de se trabalhar, os esforços também são maiores, afinal, os bons números deixarão de ser uma preocupação apenas dos líderes, pois todos querem o melhor para a empresa.
Dessa forma, novas estratégias, conteúdos de maior qualidade e a necessidade de estar sempre melhorando saem do caráter “preciso disso para manter o meu emprego” e entram em “quero fazer a minha empresa crescer pois isso também é bom para a minha carreira”.
Seus concorrentes não disputam com você apenas o número de vendas. Assim, seus colaboradores também são um ativo importante para a empresa e são desejados pelos seus concorrentes.
Dessa forma, quando seus colaboradores veem que “a grama do vizinho é mais verde”, eles vão desejar atuar em locais onde eles são mais valorizados, se sentem mais prestigiados e também se tornam parte da empresa, na qual eles se sentem parte dela.
Uma
pesquisa realizada pela Leadership IQ apontou que apenas 15% dos colaboradores enxergam realmente que contribuem de alguma forma para os objetivos da empresa na qual trabalha. Ou seja, se esse for o caso da sua empresa, é preciso planejar formas de solucionar isso, como o uso da
metodologia de OKR, por exemplo.
O turnover é a taxa de demissões e admissões na empresa. Dessa forma, quanto maior for o índice, maiores serão os custos para empresa, já que haverá gastos relacionados aos direitos trabalhistas, organização de processos seletivos e treinamentos, caso necessário.
Além disso, a aquisição de novos colaboradores exige um período de adaptação que pode durar alguns dias, o que impacta na qualidade e/ou quantidade de coisas produzidas.
Dessa forma, tudo isso gera gastos que podem ser elevados, caso o índice de turnover seja elevado. O ideal é mantê-lo o menor possível, gerando estabilidade tanto para os colaboradores quanto também para a empresa.
Entendido do que se trata e quais são os benefícios, é provável que você já esteja pensando e formulando ideias para aplicar o employer branding na sua empresa. Por isso, te indico alguns passos:
O primeiro passo é identificar o que a sua empresa deseja comunicar. Para isso, tenha um posicionamento claro desde o começo.
Um erro bastante comum das empresas é criar uma imagem despojada e “divertida” da empresa, mas quando o novo colaborador chega, ele vê que é tudo diferente lá dentro. Não tem problema nenhum ter uma imagem mais séria e pragmática nas redes sociais.
O que acontece é que muitas marcas assistiram recentemente muitas outras, que possuem uma linguagem menos formal, darem muito certo e aplicaram da mesma forma, mas apenas na teoria.
Como consequência, a sua empresa estará atraindo colaboradores que não possuem “match” com ela e isso impactará em colaboradores que logo vão desejar sair, gerando um alto turnover.
O colaborador precisa sentir e viver a identidade e cultura da empresa. Lembre-se que a Geração Millenials, que são a maioria do mercado, não se sente atraída apenas pelo salário.
O ideal é que o código de cultura seja único. É claro que é possível sim se inspirar em tantos outros, inclusive em marcas que você admira, mas implementar uma cultura que não é pregada realmente na prática vai passar a imagem que a sua empresa é apenas propaganda.
Como estamos falando de ações de dentro para fora da empresa, é importante ressaltar que as redes sociais são hoje algumas principais formas de desenvolver e trabalhar a presença digital.
Junto com o site da sua empresa, eles serão os principais pilares para te ajudar a disputar as melhores oportunidades de mercado, melhorar a comunicação com o seu cliente (nesse caso, também o futuro e atual colaborador), gerar visibilidade e autoridade e consequentemente aumentar as vendas e aquisição de novos talentos.
Para conseguir isso, seu employer branding precisará de estratégias como:
O básico da estratégia de employer branding é promover um ambiente positivo para gerar e construir uma imagem positiva da empresa. No entanto, dificilmente isso será bem sucedido se os seus colaboradores, quando estão fora do ambiente de trabalho, falam mal da marca, por estarem insatisfeitos.
Por isso, o ideal é ter um ambiente, podendo ser uma ferramenta de comunicação ou ações específicas, para que o colaborador possa expressar a sua opinião com elogios e críticas.
Assim como na pesquisa de
NPS, você conseguirá mensurar o nível de satisfação do seu público e inclusive, criar ações de endomarketing para melhorar o que precisa.
Ou seja, estou falando aqui de monitoramento da marca. Atualmente, 96% das empresas sabem da importância da reputação da empresa, no entanto, apenas 44% delas monitoram esse impacto, segundo um estudo da CarrerArc.
Para garantir que as suas estratégias de employer branding possam ser realmente efetivas, compartilho com você, algumas estratégias que podem ser adotadas para te ajudar a sair do senso comum:
Sei bem que muitas ações estratégicas vão surgir ao longo da semana e a vontade de aplicar todas elas será muito grande. No entanto, é preciso planejar, assim como aquelas ações que são voltadas para a aquisição de clientes.
Por isso, tenha um time ou pessoa definida para organizar as ações de employer branding. Assim como nos outros setores, faça uso de indicadores, objetivos, metas, cronogramas e formas de mensurar e documentar tudo.
Isso porque os resultados que virão das estratégias de employer branding acontecerão aos poucos. Se tudo estiver bem documentado, ficará mais fácil de saber o que está dando certo e o que pode melhorar ainda mais.
Um conceito que ainda é pouco utilizado no Brasil é o de Employee Personas. Assim como a Buyer Persona, que é a representação semi fictícia do seu cliente ideal, a Employee Persona é a representação do seu colaborador ideal.
Dessa forma, você deve desenvolver um documento que liste quais são as dores, estilo de vida, rotina, idade, localização, hobbies, comportamento para encontrar a empresa, hábitos e principais redes sociais.
Ter tudo isso mapeado irá te ajudar, por exemplo, a saber qual a principal rede social que a sua empresa deve utilizar para atrair novos talentos para ela. O LinkedIn, por exemplo, por mais que seja a principal rede social para a sua Buyer Persona pois ela fala com o seu público B2B, a sua e Employer Persona é heavy user do Instagram e por lá que a sua marca vai conseguir captar e transmitir uma boa mensagem.
Um ponto importante para desenvolver o employer branding é entender que o foco é na forma como os colaboradores enxergam a sua marca e não a forma como a empresa mesma se vê.
Por isso, o trabalho de employer será contínuo e sempre buscando melhorar as experiências dos colaboradores. Embora o objetivo deva ser alcançar o melhor ambiente para se trabalhar, sabemos também que isso nunca estará perfeito.
Quando a maioria dos funcionários estão satisfeitos, a prática do employer branding passará a acontecer de forma orgânica e aí os seus colaboradores vão indicar sempre a empresa que também atrairá os melhores talentos, pois o que se fala dela é positivo para muitas pessoas.
Implementar a cultura do feedback é um passo muito importante para promover um melhor ambiente para se trabalhar.
Isso porque ele ajuda a estabelecer um maior alinhamento estratégico na organização, inclusive entre as equipes, impactando positivamente nos resultados individuais e coletivos, que se apresentarão como sempre crescentes.
Para isso, lembre-se de estabelecer e promover momentos para que essas avaliações aconteçam, sejam em equipe ou individuais. Como no começo o feedback pode ser algo difícil de ser feito, principalmente aqueles que terão comentários mais críticos, a dica é promover treinamentos para os times, para que todos possam estar mais confortáveis com as práticas dos diferentes feedbacks.
Dentre os vários aspectos que são importantes para a Geração de Millennials, a transparência é um fator muito importante pois é nela que os colaboradores entenderão o quão confiável é a sua empresa.
Se a marca não compartilha os reais desafios e adversidades, seus funcionários não conseguirão engajar nas reais preocupações e isso limita tanto eles quanto a sua empresa. Além disso, as pessoas tendem a se sentirem mais confortáveis quando sabem a verdade sobre o ambiente de trabalho, pois além de se preparem, também conseguem realizar ações para ajudar a melhorá-lo.
Onboardings são estratégias muito importantes pois elas ajudam o colaborador a se sentir mais preparado para a futura rotina de trabalho dele, bem como adaptar-se mais rápido.
Como todos sabemos, os primeiros dias tendem a ser um pouco difíceis para quem está começando em uma nova empresa e na maioria das vezes não é por falta de preparação, e sim por desconhecer parte dos processos da empresa.
Por isso, o objetivo do onboarding é uma imersão em que o novo funcionário conhecerá na prática todas as atividades da empresa, os colegas de trabalho e quais serão as atividades recorrentes dele.
Dessa forma, além de criar uma preparação que vai fazê-lo sentir-se mais preparado e confiante, ajudará o colaborador a ser mais assertivo em suas ações desde o começo.
Ao longo do artigo, vimos a importância em trabalhar com o employer branding, que embora seja focado na aquisição e retenção de verdadeiros talentos para a sua empresa, impacta diretamente nos lucros e nos gastos feitos.
Por isso, não se esqueça que employer branding não é apenas sobre fazer, mas fazer com estratégia, monitorando e buscando sempre melhorar aquilo que já existe.
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