A equação pode parecer simples, afinal negócios são feitos de pessoas, logo, uma gestão eficiente do negócio passa, primordialmente, pela gestão de pessoas. Isto é, esforços direcionados para estruturar um ambiente de trabalho que gere resultados, e que contribua com o desenvolvimento pessoal, que tenha diversidade e afins.
É uma linha de raciocínio um pouco óbvia, mas na prática são inúmeras as variáveis que se tornam desafios no dia a dia. Importante destacar que as pessoas têm suas individualidades e que elas precisam de gerenciamento e organização para conseguir colaborar no coletivo.
Mas como fazer isso? Sabemos que o processo de aprendizado também é único para cada um, e influencia em como as pessoas se conectam umas às outras e ao bem comum da empresa.
Por isso, trazemos no texto de hoje iniciativas que podem favorecer o desenvolvimento das pessoas no trabalho e que, consequentemente, aumentam as chances de sucesso do negócio em que elas estão envolvidas.
E algumas práticas que podem ser utilizadas pelos negócios, na gestão de pessoas, a fim de contribuir para esse desenvolvimento pessoal, que acaba por retornar positivamente para a saúde da organização.
São
insights de como promover um relacionamento evolucionário entre as pessoas e os negócios.
Vamos lá?
A gestão de pessoas é um conjunto de habilidades e prerrogativas para garantir que um grupo de pessoas siga motivado e envolvido nos objetivos do negócio, enquanto desenvolve suas skills.
Uma das premissas da gestão de pessoas é fazer com que haja uma unidade saudável entre as individualidades que formam o trabalho da empresa.
Isso tem a ver com ações para manter a harmonia no relacionamento entre os colaboradores. O que se conecta com os esforços do departamento de Recursos Humanos, responsável por operacionalizar a contratação de pessoas, a capacitação, análise de desempenho, gestão de crises, aumento no engajamento etc.
No geral, as lideranças são os responsáveis pela gestão de pessoas e o RH funciona como centro das atividades necessárias de serem desenvolvidas e acompanhadas. Dessa forma, todas as áreas da empresa conseguem caminhar em sintonia.
Um dos principais pilares da gestão de pessoas, trabalha como um guia de todos os outros. A motivação aqui também diz respeito ao engajamento dos colaboradores. Quanto mais motivados eles estiverem, mais comprometidos com as metas do trabalho eles estarão. Por outro lado, se não houver motivação, o desempenho e a produtividade são afetados.
A comunicação é basilar para qualquer relação e nos negócios isso não seria diferente. É preciso reforçar que trata-se de uma comunicação eficiente, clara e transparente. Investir nisso vai impactar positivamente na motivação e engajamento que mencionamos acima. Pois trabalha a segurança e confiança entre os colaboradores. Uma forma prática e super eficaz para materializar isso é apostar nos
feedbacks e na
CNV.
É o pilar da colaboração e cooperação. É preciso pensar estrategicamente como incentivar o trabalho em equipe. Seja com dinâmicas de grupo para criar conexão e afinidade, ou espaços para trocas e solução de problemas… A vantagem de trabalhar bem os primeiros pilares que citamos é que, uma equipe motivada e confiante enfrenta menos atrito no trabalho coletivo.
Como bem falamos logo no início deste artigo, gestão de pessoas também é sobre prover o desenvolvimento pessoal. Todos os colaboradores têm pontos fortes e pontos de melhoria que podem ser potencializados. E uma prática interessante é usar dos KPIs para ter essa análise de desempenho e conseguir mapear esses pontos. Além disso, trabalhar metodologias como a
metodologia OKR pode ajudar a guiar melhor o time.
Por fim, identificados os possíveis gaps é preciso investir em treinamentos. A capacitação vai além de aprimorar hard skills e soft skills, é uma iniciativa que passa a mensagem de que a empresa acredita e investe no potencial dos colaboradores. Algo que retroalimenta o fluxo que apresentamos aqui, trabalhando diretamente o engajamento e motivação.
A gestão de pessoas é parte estrutural para o bom funcionamento de uma organização. Não dá para construir um edifício sem os alicerces, concorda? E é basicamente com essa ideia que vamos entender o impacto da gestão de pessoas no sucesso dos negócios.
No trabalho de marketing e vendas, no digital, nas empresas B2B ou em qualquer trabalho, tudo é movimentado pelas pessoas. Em maior ou menor número, mas sempre as pessoas. Portanto é preciso investir nelas e no potencial do que elas podem fazer, no final das contas, isso vai ser determinante para os resultados do negócio.
Por isso, quando falamos em gestão de pessoas, falamos sim em olhar para desenvolvimento pessoal, para a diversidade, e de como é preciso intencionalidade e investimento, metas para guiar essas ações… Mas também falamos em crescimento sustentável, retorno financeiro e expansão de marca empregadora (employer branding).
Percebe como a gestão do capital humano é intrínseca ao capital financeiro da empresa? Ter capacitação nesse sentido fortalece inclusive a maturidade de negócio.
Não se constrói um edifício sem alicerces e tão pouco um edifício se sustenta sem uma forte preparação dos alicerces.
Sendo assim, é importante que a empresa tenha na gestão de pessoas a responsabilidade de contribuir com o desenvolvimento pessoal dos colaboradores. O que também funciona para que cada colaborador se sinta motivado a continuar evoluindo o próprio trabalho, as próprias skills, se relacionando melhor com o negócio.
E aqui vai alguns exemplos de como cada profissional pode investir nessa evolução.
Nesse cenário de evolução e crescimento é preciso equilibrar muitas mudanças, informações, habilidades técnicas, habilidades comportamentais… E com o mundo vasto do digital, que agora engloba até o
Metaverso, a dificuldade de reciclar e priorizar é constante.
Mais do que nunca, os profissionais que se relacionam melhor no mercado de trabalho e com os negócios, são aqueles que entendem que precisam continuar aprendendo, mas com um ritmo sustentável e saudável.
Não é simples se manter atualizado em um mundo pulverizado de informações, mas alguns caminhos ajudam a se localizar.
Como lidar com as distrações e focar no que importa?
De forma rápida,
infoxication (junção de informação + intoxicação em inglês), é a sobrecarga informativa à qual estamos submetidos. Isto é, há um excesso de dados e informações que gera dificuldade na seleção daquilo que é relevante, na priorização e na tomada de decisões.
Foi o renomado cientista de dados Ricardo Cappra que disseminou esse termo aqui no Brasil.
Num breve contexto, partimos do estágio da “ociosidade” — onde não achamos nada que tire a nossa atenção.
Como a internet nos dá um leque interminável de informações, chegamos à fase de “empolgação”, por sabermos muito, e termos o que se chama “sensação de poder”, que diz respeito à crença de se ter tudo o que quiser, na hora que desejar.
No entanto, como absorvemos informação além da capacidade, chegamos ao “ponto de stress”. E numa realidade de FOMO (Fear of missing out).
Mas como contornar isso? Podemos aplicar aqui possíveis focos, inspirados no que Juliana Tubino, nstech, levantou no RD Summit 2022.
Como citamos acima, informação não falta. O problema é: o que fazemos com tanta coisa disponível?
Muitas vezes (na maioria delas) não conseguimos equilibrar essa saturação de informação. E junto com isso, é comum a falta de entendimento dos próprios desejos e necessidades, num efeito de querer aprender algo apenas porque todo mundo está aprendendo.
Se todos estão lendo um livro em específico, você precisa ler também. Se todos estão migrando para área X, você também deve migrar, e assim por diante.
Com a
infoxication,
surge a sensação de “ter que saber de tudo” que causa, além de sobrecarga, frustração.
Seth Godin, professor e escritor de marketing digital, afirmou em um
podcast que
97% das pessoas que compram um curso online não os termina. E, em relação a seus próprios cursos, 70% dos inscritos em alguma formação simplesmente não a iniciou.
Segundo Lucas Lima, fundador da Profissas, em palestra realizada na RD Summit 2022, uma das grandes ilusões do processo de aprendizado é não colocar o conteúdo que aprendeu em prática.
Uma das dicas
para romper esse ciclo de não aprendizado é justamente ir além da absorção de conhecimento. É importante usar o conhecimento adquirido para participar de um ambiente que está em constante transformação e movimento, como o corporativo atual.
Sobre isso, ele recomenda “abandonar mapas e preferir bússolas”. Ao invés de se apegar a um mapa (representação de um território, algo estático), podemos ter um direcionamento de aprendizado dado pela bússola, mas conscientes que
o cenário pode mudar.
É importante abandonar o medo do desconhecido, comum quando desenvolvemos novas habilidades. Interessante também que cada um examine as suas bolhas sociais, vieses e preconceitos para romper o círculo vicioso e impulsionar a própria capacidade de aprender.
As habilidades comportamentais têm a sua necessidade e relevância cada vez mais em alta, diante de todo esse cenário que comentamos.
Segundo o Fórum Econômico Mundial, 50% de todos os trabalhadores precisarão aprofundar e/ou redefinir as suas habilidades até 2025.
As principais habilidades apontadas por eles são:
Absorção de conhecimento, habilidades desejáveis… Para se organizar nesse processo de aprendizagem e desenvolvimento pessoal,
planejamento é a chave.
Assim como no marketing digital, uma estrutura bem definida de planejamento aumenta o nível de sucesso do projeto e/ou do objetivo.
De acordo com alguns pontos apresentados por Vinicius Gambeta no RD Summit 2022, vamos elencar aqui fatores que você pode (e deve) considerar no seu plano.
Por fim, trace uma linha do tempo para execução e conclusão do objetivo, entendendo que ela não será escrita em pedra e é possível replanejar, desde que haja intencionalidade.
Vale questionar, em caso de decisões não previstas, se as situações que ocorrem no caminho vão contribuir ou não para o cumprimento de seu propósito. É uma estrutura de planejamento que você pode adaptar sendo um negócio, um profissional de marketing, tendo um projeto profissional, um propósito pessoal e afins.
Nessa relação entre pessoas e negócios, novamente, é papel fundamental das empresas promover ambientes de trabalho mais seguros e inclusivos e, não só isso, fazer com que
seus colaboradores percebam isso.
De acordo com o estudo
Global Diversity and Inclusion, da
PricewaterhouseCoopers (PwC), ainda há uma discrepância entre a visão de funcionários e lideranças quanto ao que se imagina e o que realmente é promoção de oportunidades iguais a todos no trabalho.
Por exemplo, enquanto 63% dos empresários percebem ampliação das práticas de
diversidade e inclusão, 42% dos colaboradores pesquisados não percebem grandes mudanças.
Ou seja,
ainda há muito a ser feito. Para Leandro Camilo, sócio e líder de diversidade e inclusão da PwC, é preciso que as ações de diversidade causem efeitos práticos no dia a dia de seus funcionários.
E esse é um dos pontos cruciais para evoluir na gestão de pessoas e dos negócios.
A diversidade e inclusão, mais do que nunca, é ação imprescindível no desenvolvimento das organizações.
Victor Lambertucci, CEO da Profissas, afirma que, mais que inclusão, ter equipes diversas é fator de sobrevivência a qualquer negócio. Aliás, como ele próprio disse,
“sem diversidade, sem negócio”.
Porém, ainda é um desafio percebê-la nas organizações.
Prova disso é a pesquisa “A diversidade e inclusão nas organizações do Brasil”, da Aberje, citada pelo especialista em Diversidade e Inclusão:
O primeiro passo para ter equipes mais diversas é reconhecer que a falta de inclusão é um problema histórico e que o tema deve ser tratado com seriedade, com devido investimento de recursos e esforços, sem cair nas armadilhas do
tokenismo
(ações pontuais que passam a ilusão de diversidade).
Junto a isso, é necessário engajar todos os setores da empresa na necessidade de fazer do ambiente de trabalho um espaço diverso e inclusivo, além de ações de governança corporativa e planos estruturados para o desenvolvimento de pessoas diversas dentro da empresa.
E, claro, não precisa tentar fazer tudo sozinho nesse que também é um processo de gestão de pessoas. Buscar consultorias e mentorias especializadas certamente vai ajudar.
A capacitação das lideranças deve ser foco nas estratégias de gestão de pessoas. Isso porque, é a partir dessa camada da organização que as habilidades, competências, valores e práticas relevantes do negócio serão disseminados a todos.
Capacitar líderes é um investimento para aumento da produtividade. Eventos, treinamentos, mentorias, todos esses ativos podem e devem ser usados para fortalecer esses pontos de referência que vão elevar o nível das entregas de serviço e contribuir para a cultura da empresa em si.
Mas atenção, sem esquecer do que acabamos de falar sobre diversidade e inclusão. É primordial investir na capacitação de lideranças femininas, lideranças pretas, lideranças LGBTQIA+, lideranças de pessoas com deficiência etc.
Além de tudo, os programas de capacitação de líderes são essenciais porque ajudam na quebra de paradigmas e padrões (não inclusivos) já estabelecidos.
Nada disso vai funcionar se os seus colaboradores não estiverem saudáveis e satisfeitos com o processo de trabalho.
Com a alta demanda e compartilhamento de informações que já discutimos por aqui, sabemos que a dinâmica de mercado também fica acelerada e os espaços de trabalho tendem a seguir o mesmo ritmo.
E mais do que crescer a escala de funcionários para dar conta de tudo, é preciso organizar e aprimorar constantemente o fluxo de trabalho.
São os processos, as políticas, as cadências e ferramentas que vão apoiar os colaboradores na entrega de um trabalho com menos desgaste e atrito.
E é nesse contexto que as metodologias ágeis são tão bem vistas. De maneira geral, elas favorecem o trabalho de equipes multidisciplinares para que consigam se adaptar rapidamente às demandas e ao meio em que estão.
O senso de pertencimento dita como uma pessoa se relaciona com o seu trabalho e a organização.
É importante investir em mecanismos para fortalecer esse sentimento, pois ele influencia na autoconfiança, na conexão com os valores e outros colaboradores, na produtividade e desempenho geral do time.
Tem muito a ver com o engajamento, motivação e segurança que também foram citados no artigo. O que aumenta o compromisso com a função que o colaborador exerce, ao mesmo tempo que fortalece o instinto de colaboração.
É válido investir em iniciativas para que as pessoas se conectem, para que elas vejam o significado e impacto do trabalho que desenvolvem.
Em qualquer mercado, em qualquer área de atuação ou ecossistema, o fator comum são as pessoas. É preciso olhar para as pessoas, para as necessidades delas e colocá-las na centralidade do negócio. Isso não apenas enquanto clientes, como discutimos no marketing no geral, mas como colaboradores também.
A gestão de pessoas é esse exercício de olhar para dentro. E buscar melhorias na organização interna é fortalecer o desenvolvimento pessoal, coletivo e, sobretudo, a vida útil da empresa.
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