O LTV ou Lifetime Value é uma métrica essencial para qualquer negócio. Mas apesar de muitas empresas já conhecerem o valor desse indicador, há ainda grande dificuldade em calculá-lo corretamente e de maneira periódica.
Isso acontece porque o LTV, a princípio, parece difícil e oneroso de ser mensurado. O que muitos não sabem é que há uma série de recursos que auxiliam você no cálculo do LTV.
Além disso, existem dois fatores muito importantes sobre essa métrica que as empresas precisam estar cientes: primeiro, o LTV precisa ser mensurado com frequência e segundo, ele deve ser usado de forma estratégica, com o objetivo de medir o seu negócio como um todo.
Por isso, elaboramos este conteúdo de modo a ajudá-lo a entender e realizar o cálculo de maneira simples e ágil. Confira o nosso artigo completo para descobrir tudo sobre o LTV!
O LTV (Lifetime Value) é uma previsão de todo o valor de um negócio proveniente do relacionamento com um cliente, ou vida útil. De maneira direta é a métrica usada para calcular o lucro líquido que cada cliente gera para a empresa, bem como o quanto os clientes gastaram.
O termo LTV também pode ser usado como Customer Lifetime Value, ou CLV ou ainda CLTV. Todos são a mesma coisa.
Assim, para negócios em que não há uma fidelidade, normalmente, usa-se o período de 12 meses como previsão, para que se possa fazer uma boa estimativa.
O princípio de Pareto afirma que: para muitos eventos, aproximadamente 80% dos efeitos são provenientes de 20% das causas. Quando aplicado ao marketing digital, isso significa que 80% da sua receita pode ser atribuída a 20% de seus clientes.
Ou seja, mesmo que a porcentagem exata não seja 80/20, o fato é que alguns clientes valem muito mais do que outros. Por isso, identificar quais são as estrelas do seu negócio é algo muito valioso para o crescimento da organização.
Além disso, o LTV pode mudar a maneira como você age na hora de realizar a aquisição de clientes. Em vez de pensar sobre como a empresa pode adquirir uma grande quantidade de clientes, você otimiza seus gastos de aquisição para aqueles que geram mais valor.
Como dito no começo do texto, muitas empresas deixam de calcular o LTV por acharem complexo. No entanto, o cálculo é muito fácil de ser feito e atualizado e é essencial para as empresas.
Seja como for, as empresas devem estar cientes de que, para muitas marcas, essa é a métrica mais importante para o sucesso de um negócio. Isso porque o potencial de aplicação dela vai muito além de saber apenas quanto um cliente vale.
Afinal, é por meio dela que o seu time poderá tomar decisões importantes para a empresa, modificando inclusive a maneira de fazer negócios.
Não entendeu? Vou te explicar melhor: esse indicador vai te gerar insights de como fazer novos negócios, ainda mais valiosos, e o que esperar de um cliente em particular. Além disso, também vai auxiliá-lo a decidir o quanto sua empresa pode gastar para adquirir um novo cliente e a definir melhor os recursos para a retenção.
De maneira geral, calcular e acompanhar constantemente seu LTV é uma estratégia de grande importância para garantir a saúde do seu negócio. Afinal, é por meio dele que você consegue entender realmente se aquele cliente (ou negócio) está sendo lucrativo ou se ele está apenas “pagando” todo o investimento e custo de aquisição e contrato.
Assim, com essa métrica mapeada, é possível identificar também quando será preciso elevar os valores dos seus serviços e como justificar o acréscimo para que o seu público não se sinta explorado.
O CAC, ou custo de aquisição por cliente, é a métrica que aponta o quanto sua empresa precisa investir para converter um lead em cliente.
Dessa forma, o entendimento do que é o LTV passa pelo CAC, pois as duas métricas estão relacionadas. Nesse caso, se uma empresa possui um CAC alto (precisa investir muito para conquistar um cliente) e o LTV está baixo (o cliente está gerando pouco lucro) o alerta deve ser ligado.
Assim, a partir dessa visão, será necessário trabalhar com contenções de gastos e revisar as estratégias de captação e tempo de retenção de clientes.
Não existe segredo quando falamos em calcular o LTV. Para isso, existe uma fórmula bem prática que vai te ajudar a calcular o seu LTV, que é:
LTV = (ticket médio x média de compras por cliente no ano) x média de tempo de relacionamento
Nessa fórmula, o ticket médio representa o valor (em média) gasto pelo seu cliente na aquisição do produto.
Para calcular o seu ticket médio, será preciso considerar um período em questão (dia, semana, mês ou ano). Em seguida, identifique quantos clientes foram atendidos nesse período. Depois, basta dividir o valor adquirido pela empresa pelo número de clientes e você encontrará o ticket médio para o período avaliado.
Já a média de compras representa o número de vezes que o seu cliente adquiriu o seu produto no ano. Como a maioria dos contratos são realizados na média de um ano, é bem comum que esse número seja sempre 12, já que assinaturas recorrentes costumam lidar com transações mensais.
Por fim, a média de tempo de relacionamento representa o tempo médio em que cliente e empresa permanecem com os contratos, podendo ser 2 anos, por exemplo.
Assim,
em um exemplo, uma empresa em que o ticket médio é de R$ 2.000, o número de compras ao ano é 12 meses e o tempo de duração do contrato é de 3 anos, o LTV seria:
LTV = (2.000 x 12) x 3
LTV = 24.000 x 3
LTV = 72.000
Embora no cálculo do LTV sejam consideradas três métricas, existem outras que indiretamente impactam no resultado. São elas:
1-
Churn Rate: o churn, ou
taxa de abandono é a métrica que calcula a taxa de saída dos clientes dentro do período analisado.
2- NPS: o NPS ou Net Promoter Score é a métrica que calcula o nível de satisfação dos seus clientes. Uma empresa com um bom NPS tende a ter o tempo média de relacionamento maior.
Tendo o LTV estimado do seu cliente, você pode orientar melhor suas ações. Inclusive, a partir dele é possível definir qual é o público-alvo ideal e o quanto você deve gastar com ele. Veja mais:
Aqui você define o valor que está disposto a gastar por cliente e por campanha. O Custo de Aquisição (CAC) deve ser sempre menor do que o lucro que você faz em sua primeira venda, ou você estará tendo prejuízos.
Ou seja, o ideal é que a diferença do LTV para o CAC seja a maior possível, sem é claro, trabalhar com valores irreais.
Trata-se de uma estratégia de curto prazo, que faz muito sentido para empresas que precisam aumentar o seu fluxo de caixa.
Este é o custo que você está disposto a gastar por cliente, sabendo que você vai ter um prejuízo em uma compra inicial ou mesmo posterior. No entanto, caso você tenha um fluxo de caixa e outros recursos que possam absorver este prejuízo, como um ticket médio estratégico, essa é a estratégia ideal para conquistar clientes valiosos e boa receita a longo prazo.
Você pode, por exemplo, dar um mês grátis sobre algum serviço, a fim de estimular a aquisição de clientes. Aliás, essa é uma ótima estratégia para empresas que estão iniciando, pois ela ajuda a atrair, gerar leads e a conquistar reputação no mercado.
Ao calcular e analisar o LTV sua empresa consegue entender também até onde ir e gastar com atendimento e suporte para retenção do cliente. Tudo sem comprometer seu caixa.
Já deu para entender que calcular o LTV apenas por calcular não será o suficiente para fortalecer o lucro da sua empresa, não é mesmo? O ideal é buscar maneiras de ter essa métrica sempre com bons valores, no entanto, nem sempre isso é o que acontece.
Assim, calculado o CAC, se o seu lifetime value se encontra atualmente muito próximo dele, a solução pode estar na relação “LTV marketing”.
Não entendeu? Bem, eu te explico: como você sabe, o marketing é o setor responsável por atrair novas oportunidades de vendas, com ações que sejam do interesse do seu público.
Dessa forma, ao investir em marketing digital, é possível atrair novos potenciais clientes por um custo de aquisição menor. Ou seja, as suas ações para conquistar vendas custarão menos enquanto o número de clientes passa a crescer. Tudo isso ajudará para que o seu LTV se torne ainda mais saudável.
Ações de tráfego orgânico, por exemplo, são uma excelente forma de te ajudar a melhorar o LTV da empresa. Isso porque esse tipo de conteúdo tende a entregar resultados a longo prazo, e sem precisar de novos investimentos.
Imagine que artigo do seu blog esteja ranqueando na primeira posição do Google, por exemplo. Ele está levando muito tráfego para o seu site e tenderá a continuar fazendo isso de forma orgânica, sem precisar realizar novos investimentos.
Com os CTAs que foram inseridos no material, seu time de marketing estará gerando mais e mais leads para qualificá-los e levá-los para o time de vendas realizar a aquisição.
Ou seja, o marketing pode ajudar a conquistar novos clientes e ter um LTV mais saudável. Esse é o lifetime marketing.
Para isso, será preciso investir em práticas de marketing digital como: redes sociais, inbound marketing, marketing de conteúdo, ABM ou outras estratégias mais.
Sim! O marketing é sim um dos (se não a principal) forma de tornar o LTV mais saudável e fará a diferença no gerenciamento da empresa e te ajuda a responder questões importantes e, como:
No entanto, existem sim outras maneiras, como:
Como você viu, o lifetime value é a métrica que calcula o valor proveniente do relacionamento com um cliente. Dessa forma, quanto maior e duradouro for o relacionamento com o cliente, maior será o valor do LTV, certo?
Por isso, invista em estratégias para fortalecer a sua retenção de clientes. Atualmente existem várias formas de colocar isso em prática, como:
O Customer Success (CS) ou Sucesso do Cliente é uma estratégia desenvolvida por empresas de Software as a Service (SaaS) com o objetivo de aumentar a retenção de clientes, consequentemente gerando mais receita.
Embora muitos entendam essa área como uma “gourmetização” do atendimento, está redondamente enganado.
O objetivo dos profissionais que atuam como CS é acompanhar o cliente em todas as etapas do pós-venda, indo desde a implementação até o suporte, garantindo que o sucesso do cliente seja realmente atingido.
Dessa forma, a médio e longo prazo, a sua empresa terá um número sempre crescente de novos clientes recorrentes, o que gerará mais receita recorrente.
Os melhores programas de fidelidade são aqueles que ajudam a envolver e reter clientes por meio de conexões emocionais entre marca e cliente, segundo Kim Courvoisier, chefe de marketing da Thanx.
Assim, como vimos, o LTV cresce sempre que o seu consumidor está realizando novas compras. Por isso, a ideia para aumentar o seu LTV é promover ações que vão incentivar que o cliente sempre volte a comprar de você.
E é por isso que esses programas de fidelidade vêm buscando formas de se reinventar por meio da conexão entre marca e cliente.
A Amazon, por exemplo, pode ser considerada um case de sucesso de programas de fidelidade, afinal ela implementou um em que conta com acesso a dezenas de programas de TV, envio mais rápido dos produtos e sem a necessidade de um valor mínimo, o que garante que o cliente passe mais tempo pelo site e com propensão de gastar mais, aumentando o ticket médio e retendo clientes a curto, médio e longo prazo.
É bastante cômodo entregar o seu produto para o cliente após a compra realizada, não é mesmo? No entanto, para aumentar a sua retenção de clientes não se trata apenas disso, mas também de entregar valor.
Ou seja, mostre o quanto a sua solução tem conseguido elevar os resultados para ele por meio de relatórios e se possível, valores que tenham até superado as metas que estavam planejadas.
Além disso, ofereça um suporte qualificado para sanar possíveis dúvidas.
Tudo isso ajudará a manter a retenção do cliente, além de gerar melhores oportunidades para um upsell e cross-sell, por exemplo.
E-commerce e demais empresas que não trabalham no modelo SaaS também precisam ficar atentos ao LTV e por isso o remarketing é uma ótima estratégia para esse tipo de negócio.
Para se ter uma ideia, dados da Criteo garantem que os anúncios de remarketing podem chegar a ser até 70% mais propícios a serem convertidos em vendas.
Na prática, essa ação é voltada apenas para clientes que já compraram uma vez mas pararam de realizar novas aquisições.
Nesse cenário, o seu time de marketing pode trabalhar com uma estratégia de automação que faça sentido para o seu negócio para voltar a engajar com aquele cliente antigo.
Se a sua empresa lida com produtos com prazos de validade, por exemplo, como suplementos alimentícios, a sua ação de remarketing pode ser disparada no prazo em que o produto estaria próximo de ser consumido por completo.
No caso de empresas que trabalham com eletrônicos, por exemplo, pode ativar uma campanha de remarketing após o cliente que dividiu em “x vezes” o primeiro produto estar pagando as suas últimas parcelas, ou seja, abrirá um espaço financeiro para uma nova aquisição com produtos que possam gerar ainda mais valor para a primeira solução.
As técnicas de upselling e cross selling são bastante importante para empresas que estão focadas em melhorar o LTV delas.
Isso porque o
upsell consiste em técnicas que vão incentivar o cliente a adquirir uma versão que gere maior valor para o cliente e para a empresa. É o caso, por exemplo, de um software em uma versão mais robusta. Isso é bastante comum em empresas que oferecem uma versão gratuita e após o cliente ver valor na solução, opta por adquirir a versão paga para ter acesso a mais recursos.
Já o
cross selling
é a venda de produtos complementares, para gerar mais valor. No exemplo anterior, pode ser a aquisição de um ERP que vai gerar integração com outros produtos. Ou seja, eles não são concorrentes, mas relacionados.
Em ambos os casos, a satisfação do cliente e a receita da empresa tende a aumentar, promovendo um LTV mais saudável.
O LTV ajuda a ter uma referência inteligente do comportamento do comprador e a ter maior controle sobre ele.
Segundo pesquisas, os primeiros 90 dias são cruciais para a aquisição de um cliente — seja para manter os serviços de assinatura ou para realizar novas compras. Para empresas de e-commerce, o prazo é ainda menor: 1 mês.
Esta é uma informação valiosa para as equipes de marketing e vendas, pois demonstra a necessidade de colocar o foco extra no primeiro mês de relacionamento com o cliente. Portanto, além dos custos de aquisição, deve-se colocar um reforço no relacionamento , a fim de manter este cliente.
Para lojas varejistas, dar um desconto alto e até produtos ou serviços grátis pode ser uma estratégia poderosa, que manterá um bom cliente a longo prazo. Já para serviços de assinatura, além do mês gratuito, oferecer suporte e consultoria pode ser uma estratégia relevante.
A internet propiciou o surgimento de muitos tipos de produtos e ofertas, o que acirrou a competitividade das empresas. Elas estão traçando um caminho claro para a aquisição e retenção de clientes e, principalmente com o uso do LTV, já possuem grande vantagem competitiva sobre as demais.
Fundamentalmente, as empresas que calculam estratégias a partir do LTV obtém sucesso porque dominam simultaneamente a aquisição e a retenção.
As estratégias e as ações de aquisição estão mudando e o esforço para a retenção de clientes está cada vez maior — vale ressaltar que é mais fácil vender um novo produto para um cliente que já está satisfeito do que adquirir um novo cliente.
E quais são os próximos passos mapeados pela sua empresa? Se quiser ir ainda mais além, aproveite e baixe o nosso material e descubra como produzir um planejamento de marketing transformador!
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